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PARA PODER CRESCER...? COMER, COMER...!

Hoje, a música ensinada às crianças pequenas, para incentivá-las a comer, pode ser um problema, com o aumento crescente e preocupante da obesidade infantil, se não houver uma consciência voltada para: o que comer? E como comer?

Aquela visão antiga, de que criança gorda é saudável, vem sendo compreendida como falsa e já observamos pais que estão mais atentos e conscientes do problema. Contudo, observamos também, que a preocupação excessiva e principalmente mal canalizada frequentemente exacerba o problema.

A obesidade na criança é de fundamental importância, primeiramente porque elas se sentem discriminadas por serem gordas e segundo porque a chance de uma criança gorda se tornar um adulto obeso é enorme!

Assim, é importante que a família tome consciência dos fatores que vêm contribuindo para o aumento da obesidade no mundo e mais especificamente que compreenda quais desses fatores influenciam o aumento de peso em seu próprio lar.

Em se tratando de crianças, os hábitos alimentares, a televisão, o vídeo-game e o computador, são provavelmente grandes responsáveis pelo aumento de peso. É claro que existem outras causas influenciando, como por exemplo, os fatores emocionais que interferem no apetite das pessoas. Digo apetite, porque fome é diferente de apetite. Apetite é o desejo de comer e fome é a necessidade fisiológica de comer. O desejo emocional de comer pode ser assunto para outro momento, pela sua profundidade.


As causas da obesidade é um tema complexo, contudo, a ingestão excessiva de alimentos industrializados é sem dúvida, em parte, responsável pelo fato da obesidade ter se tornado um dos mais importantes problemas de saúde pública de nossa cultura.

O mecanismo natural do corpo não está equipado para lidar com esses alimentos não naturais (tão sobrecarregados de açúcares e carboidratos refinados). Os alimentos instantâneos podem deixar o nosso corpo faminto de nutrientes essenciais e, por isso, ele pede mais calorias numa tentativa de atender às suas necessidades de vitaminas, sais minerais e proteínas. É responsabilidade dos pais a compra de alimentos os mais naturais possíveis, pois só assim, a família como um todo pode estar consciente e manter uma alimentação saudável e equilibrada.

Como exemplo podemos dizer que não adianta querer reeducar uma criança para uma alimentação mais saudável, se em vez de se manter farta e variada a fruteira, se mantém cheios os potes de biscoitos, bolachas ou balas. Para criar novos e bons hábitos alimentares toda a família precisa compartilhar disso.

É muito comum pais queixarem-se que seus filhos não comem frutas e verificarmos que a cozinha se encontra cheia de sucos industrializados, iogurtes, biscoitos, bolachas variadas, salgadinhos e nada de frutas, ou quando muito, uma qualidade ou outra de fruta.

A reeducação alimentar começa pela escolha dos alimentos no supermercado.

Nossas crianças hoje, ficam muitas horas paradas diante da TV ou do computador, e sem movimentar-se não gastam as calorias ingeridas, e o que é pior, às vezes, comendo por apetite, não por fome e, mesmo que seja por fome, distraídos diante da tela, ingerem sempre mais do que seria a necessidade fisiológica (uma dica importante é não comer enquanto faz outras atividades).

Nossas crianças, hoje, estão desaprendendo de brincar e como Psicomotricista vejo isto com crescente preocupação, pois é através da ação e das brincadeiras que a criança se assegura e desenvolve bem física e psicologicamente.

Primeiramente, precisamos nos conscientizar de que a obesidade é uma doença crônica e que exige de nós compreensão e um posicionamento para mudarmos nosso estilo de vida. E, enfim, reeducar-se em relação aos hábitos alimentares e reaprender a brincar são fatores que contribuem enormemente para a prevenção.


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